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SINDIJUFE-MT anuncia medidas para impedir retorno do trabalho presencial com a pandemia ainda fora de controle

A evolução da pandemia do coronavírus em Mato Grosso vem sendo acompanhada com preocupação pela diretoria do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal do Estado de Mato Grosso (SINDIJUFE-MT).

As mortes por covid em Mato Grosso estavam diminuindo mas voltaram a subir nos últimos dias, inclusive com o falecimento de pessoas que já haviam tomado as duas doses de vacina e seguiam todos os protocolos de segurança contra a covid-19, ao mesmo tempo em que a vacinação continua em ritmo lento, e uma faixa da população ainda não tomou nem mesmo a 1ª dose da vacina. Além disso, a cepa delta vem derrubando a eficácia das primeiras doses das vacinas, e estudos recentes apontam que outra variante, a lambda, identificada na Colômbia, também pode impactar na eficiência das vacinas.

Apesar disso, o retorno ao trabalho presencial já tem data fixada para o fim deste mês nos tribunais superiores, e o  Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (TRT23) também se movimenta nesse sentido, da mesma forma como as escolas pressionam para a volta às aulas presenciais, como se o perigo de contágio não existisse mais.

No que diz respeito aos Servidores do Judiciário Federal, o SINDIJUFE-MT agendará uma reunião com a Administração do TRT23. “Se esse retorno acontecer em breve e colocando em risco a vida dos Servidores e do público da Justiça do Trabalho, ele será acompanhado pelo Sindicato com uma postura crítica”, faz saber a Diretoria. Quem trabalha nas Varas, por exemplo, corre um grande risco de contágio da doença, devido ao contato com pessoas e ao manuseio de caixas de processos e infinidades de arquivos.

O SINDIJUFE-MT também avaliará a possibilidade de uma ação jurídica em busca de liminar nos Tribunais Superiores para impedir a volta ao trabalho presencial enquanto não for amenizada essa questão da pandemia, e pelo visto ainda há um longo caminho a percorrer.

Questionamentos

Segundo os boletins da mídia, Mato Grosso está entre os estados que menos vacinou, e faltam informações sobre a vacinação. Qual o percentual de quem já tomou as duas doses da vacina? Quantos, exatamente, já tomaram pelo menos a 1ª dose? E quantas pessoas ainda não tomaram nenhuma? Qual a disponibilidade de leitos de UTI? Os dados sobre isso ainda não existem ou são imprecisos, e é bom lembrar que o Ceará, por exemplo, já está bem adiantado nas precauções, porque passou a exigir teste negativo de viajantes ou vacinação completa contra covid-19.

O SINDIJUFE-MT também faz um alerta à Categoria, para que estejam mais atentos com a covid, pois tem pessoas morrendo desta doença mesmo depois de terem tomado as duas doses da vacina. Segundo especialistas, vacinas não impedem o contágio e devem ser acompanhadas de medidas como uso de máscaras e isolamento social.

Na avaliação de alguns diretores do SINDIJUFE-MT, é como se o País tivesse naturalizado a pandemia, passando a viver como se ela não existisse. Em Mato Grosso o próprio governo do estado e o ministério público querem a volta imediata aos bancos escolares. A pergunta que se faz é se estamos preparados para conviver com a doença, que não para de matar gente todos os dias, num ritmo crescente em Mato Grosso.

Luiz Perlato/SINDIJUFE-MT

 

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