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OMS prevê reforço de vacina contra covid a cada dois anos

Documento interno da organização ainda sinaliza necessidade de vacina anual em grupos de pessoas mais vulneráveis

Avaliação da necessidade de novas doses ainda não tem consenso

Avaliação da necessidade de novas doses ainda não tem consenso

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil – 19.06.2021

A OMS (Organização Mundial da Saúde) prevê que as pessoas mais vulneráveis à covid-19, como os idosos, precisarão receber um reforço vacinal anual para se protegerem contra variantes, segundo um documento interno visto pela Reuters.

A estimativa está incluída em um relatório, que será discutido na quinta-feira em uma reunião do conselho da Gavi, uma aliança de vacinas que colidera o programa de vacinas contra covid-19 da OMS, o Covax Facility.

A previsão está sujeita a alterações e também é combinada com outros dois cenários menos prováveis.

Os fabricantes de vacinas Moderna e Pfizer, com sua parceira alemã BioNTech, expressaram sua opinião de que o mundo em breve precisará de injeções de reforço para manter altos níveis de imunidade, mas as evidências sobre isso ainda não estão claras.

O documento mostra que a OMS considera reforços anuais para indivíduos de alto risco como seu cenário básico “indicativo” e reforços a cada dois anos para a população em geral.

Não diz como essas conclusões foram alcançadas, mas mostra que, no cenário básico, novas variantes continuariam a surgir e as vacinas seriam atualizadas regularmente para enfrentar essas ameaças.

A agência da ONU se recusou a comentar sobre o conteúdo do documento interno, enquanto a Gavi não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

O documento, datado de 8 de junho e ainda é um “trabalho em andamento”, também prevê, sob o cenário básico, que 12 bilhões de doses da vacinas contra covid-19 serão produzidas globalmente no próximo ano.

Isso seria um pouco mais do que a previsão de 11 bilhões de doses para este ano citada pela Federação Internacional de Fabricantes e Associações Farmacêuticas, sinalizando que a agência da ONU não espera um aumento significativo na produção de vacinas em 2022.

O documento prevê problemas de fabricação, questões de aprovação regulatória e “transição de algumas plataformas de tecnologia” como possíveis atrasos nos suprimentos no próximo ano.

Não sinaliza quais tecnologias podem ser eliminadas, mas a União Europeia, que reservou o maior volume mundial de vacinas contra covid-19, tem apostado fortemente em vacinas com tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), como as da Pfizer e Moderna, e abandonou algumas compras de vacinas de vetor viral da AstraZeneca e da Johnson & Johnson.

Os cenários serão usados para definir a estratégia global de vacinação da OMS e as previsões podem mudar à medida que novos dados surjam sobre o papel dos reforços e a duração da proteção da vacina, diz a Gavi em outro documento, também visto pela Reuters.

Até agora, cerca de 2,5 bilhões de doses foram administradas em todo o mundo, principalmente em países ricos, onde mais da metade da população recebeu pelo menos uma dose, enquanto em muitos países mais pobres menos de 1% foi vacinado, de acordo com as estimativas da Gavi.

R7

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