Turbinada com o aumento de diretores, a nova gestão do SINDIJUFE-MT fez ontem a sua primeira reunião, virtual, com uma vasta pauta discutida, deliberações e encaminhamentos. Os novos diretores protagonizaram sua estreia com inúmeras sugestões e disposição para o debate.
O sentimento comum na nova Diretoria é que é preciso reaproximar o Sindicato aos Servidores, resgatando contatos e dialogando mais com a Categoria, que anda sumida, seja por falta de motivação ou porque os Servidores estão sobrecarregados. O teletrabalho foi e continua sendo recomendável para conter o avanço da covid-19, mas nesses 2 anos os Servidores passaram a trabalhar muito mais, e muitos até adoeceram mentalmente, conforme foi discutido na reunião.
Animado com este novo potencial de equipe, o coordenador geral Walderson de Oliveira Santos, o Oliveira, declarou que “com meia dúzia não se consegue mudar a cara do Sindicato, mas com 17 diretores, sim”. Na antiga gestão, ele era vice-presidente e teve que assumir a presidência com uma reduzida equipe para ajudá-lo, tudo isso num cenário de pandemia que dificultou ainda mais a administração do Sindicato. Mas isso agora faz parte do passado.
Pedro Aparecido
O diretor Sandro Gonçalves Delgado mencionou um legado do ex-presidente Pedro Aparecido de Souza, que percorria os corredores dos Tribunais e ouvia a Categoria sem necessidade de entrar na sala de ninguém; ele simplesmente ficava parado no local do cafezinho, e os Servidores vinham encontrá-lo, trazendo seus relatos.
A necessidade de uma reaproximação com as bases foi defendida pelo coordenador Luís Borges já na posse da nova Diretoria, na semana passada, e a ideia foi prontamente encampada por todos os coordenadores.
“O desafio é muito grande, temos muito o que fazer”, observou o diretor Jailson Antonio Barbosa, também conhecido como Joilson, apelido que ele disse ter adotado para o sindicalista, o músico e o professor. Ele foi um dos que mais demonstraram entusiasmo com a possibilidade de se incluir mais mentes pensantes na caminhada do Sindicato, não deixando a responsabilidade apenas para alguns. “Vamos juntos nessa”, completou.
Para o diretor Vinícius Teixeira, o SINDIJUFE-MT deve pensar na política dos afetos, indo além das questões institucionais. “É muito importante entender por que a base anda distante do Sindicato, e isso requer dialética. Entender isso é primordial. Estamos num mundo de exacerbação do capitalismo neoliberal, em que os Servidores de um modo em geral estão empenhados com a propria sobrevivência, por isso às vezes estão desligados das lutas, mesmo que seja para defender seus direitos”.
Juscileide Rondon também já deixou a sua marca registrada, sempre atualizada com as ações da Fenajufe, onde também é coordenadora, e o andamento dos trabalhos do Legislativo. Neste momento, segundo ela, é preciso fortalecer a luta contra a reforma administrativa e acompanhar os desdobramentos dos trabalhos do Fórum de Carreiras. Ela também concorda com a necessidade de ouvir mais os Servidores. “Acolhimento, este é o conceito”, sintetizou.
Os diretores Rodrigo de Freitas, Júlia Viñe e Edivaldo Rocha dos Santos também participaram da reunião e algumas de suas proposições, inclusive, foram aprovadas, dentre elas a da realização de Assembleia Geral Extraordinária e Virtual nesta quinta-feira (12), para discussão e deliberação sobre a Greve Nacional do dia 18 de agosto, em que os Servidores Públicos lutam pela não aprovação da reforma administrativa (PEC 32) e em defesa dos serviços públicos.
Como disse o Oliveira, com o advento da pandemia do coronavírus e apenas 5 diretores não foi possível manter o sistema de atuação desejado, mas com 17 coordenadores o cenário mudou completamente.
Luiz Perlato/SINDIJUFE-MT