Apesar do recesso parlamentar que se aproxima, a mobilização contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32 deve continuar até a derrota da PEC em 2022, seguindo as recomendações da Frente Parlamentar Mista do Serviço Público.
A unidade na luta do funcionalismo público e da classe trabalhadora em geral contra a reforma administrativa e demais projetos impopulares do governo “BolsoGuedesLira” ainda não conseguiu eliminar a PEC 32, mas todas as batalhas desencadeadas ao longo das últimas 13 semanas de luta foram vencidas.
Pressão na chegada dos parlamentares no aeroporto de Brasília, vigília no Anexo II da Câmara e trabalho de corpo a corpo com os parlamentares dentro do Congresso Nacional. Estas ações da classe trabalhadora têm alcançado seus objetivos, de tal maneira que a PEC 32 não chegou nem mesmo a ser pautada, porque o presidente da Câmara, Arthur Lira, sabe que não teria os 308 votos, e a matéria do governo seria derrotada.
O governo desejava que a PEC 32/2020 fosse aprovada em 2021, e se isso não aconteceu foi graças à pressão dos Servidores Públicos, intensificada nesta semana, obrigando os parlamentares a sucessivos recuos. Nem mesmo a colocação de grades, postura adotada pela Câmara dos Deputados, conseguiu afastar os protestos contra a reforma administrativa.
A vigília no Anexo II teve um desafio a mais na terça-feira (8) e ontem também, que foi a chuva. Mas os manifestantes se arranjaram, e o ato prosseguiu mesmo debaixo de chuva fina e fria, com muita animação e disposição. Nesta quinta-feira também choveu em Brasília, mas o sólito ato no Anexo II, que iniciou por volta das 09 horas no horário local, contou com tempo firme do começo ao fim. Ninguém queria voltar pra casa sem soltar um último grito de aviso. “Quem votar não volta”. Objetivo alcançado.
Luiz Perlato/SINDIJUFE-MT
