A mulher de Dom Philips, Alessandra Sampaio, informou que foram encontrados os corpos do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, que estavam desaparecidos desde domingo, 5, no Amazonas.
A informação foi divulgada pelo jornalista André Trigueiro, da TV Globo, e ainda não confirmada por autoridades.
(Imagem: Arte Migalhas)
(Imagem: Arte Migalhas)
Segundo o jornalista André Trigueiro, Alessandra disse que recebeu há pouco ligação da PF informando que os corpos precisam ser periciados.
A Embaixada Britânica já havia comunicado aos irmãos de Dom Phillips que eram os corpos do jornalista e do indigenista. Agora todos aguardam a perícia.
Buscas
Na última sexta-feira, 10, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, determinou a adoção, pela União, de todas as providências necessárias à localização do indigenista Bruno da Cunha Araújo Pereira, servidor licenciado da Funai, e do jornalista britânico Dom Phillips, colaborador do jornal The Guardian, utilizando todos os meios e forças cabíveis. A decisão atendeu a um pedido formulado pela Apib – Articulação dos Povos Indígenas do Brasil na ADPF 709.
Barroso observou que ambos desempenhavam atividades de fortalecimento de proteção territorial contra invasores, apoiando uma organização indígena local, em razão da insuficiência da atuação estatal, a despeito das decisões do STF nesse sentido. Salientou, ainda, que o desaparecimento ocorreu em área de barreira sanitária que tinha por objeto proteger a entrada da terra indígena do Vale do Javari.
O ministro explicou que sua atuação tinha o objetivo de resguardar os direitos fundamentais à vida e à saúde dos envolvidos.
Desaparecidos
Bruno Pereira, além de indigenista (que apoia a causa indígena), era servidor Federal da Funai. Ele também dava suporte à União dos Povos Indígenas do Vale do Javari ,(Univaja) em projetos e ações pontuais. Segundo a nota da Univaja, Bruno era “experiente e profundo conhecedor da região, pois foi Coordenador Regional da Funai de Atalaia do Norte por anos”.
Phillips morava em Salvador e fazia reportagens sobre o Brasil há mais de 15 anos para veículos como Washington Post, New York Times e Financial Times, além do The Guardian. Ele também estava trabalhando em um livro sobre meio ambiente com apoio da Fundação Alicia Patterson.
Os dois faziam expedições juntos na região desde 2018.
Bruno e Dom tinham sido vistos pela última vez no dia 5 ao chegarem a uma localidade chamada comunidade São Rafael. De lá, eles partiram rumo a Atalaia do Norte, viagem que dura aproximadamente duas horas, mas não chegaram ao destino.
Por: Redação do Migalhas