O coordenador do Fórum Sindical Edmundo César afirmou que o Governo do Estado de Mato Grosso ‘trancou as portas’ para os representantes dos servidores. Segundo ele, os sindicatos já pediram diversas vezes para discutir a questão da Revisão Geral Anual (RGA) e da taxação dos aposentados, mas não foram atendidos.
Em relação aos aposentados que têm doenças raras, o Governo do Estado já aceitou isentar de taxação aqueles que recebem até o teto do INSS. Para Edmundo, no entanto, o ideal seria manter o que acontecia antes, ou seja, que sejam isentos os que recebem até o dobro do teto. “Eu não queria esse benefício, mas quem está com problema é muito importante que o governo tenha humanidade e veja que tem que dar imunidade para esse pessoal”, defendeu.
Já em relação aos outros aposentados, o coordenador do Fórum também defendeu que a regra volte ao que era
“Aumentou a alíquota de 11 para 14%, não temos RGA, o que mais o governo quer? Daqui a pouco vai falar que não vai ter mais o salário, só [falta] isso”
antes da reforma da previdência, e que sejam isentos os que recebem até o teto do INSS. “Hoje é taxado a partir de um salário mínimo. Isso impacta muito nossos servidores, muitos colegas aposentados que já laboraram para o estado, e colocando na balança também o pessoal tem que entender que nós estamos com quase 25% de defasagem salarial, que nesse governo Mauro Mendes nós não conseguimos um centavo de recomposição salarial, e isso tudo impacta”, lamentou.
“Retirar esse benefício até o teto da previdência para aposentados e pensionistas é muito impactante porque estamos perdendo tudo. Aumentou a alíquota de 11 para 14%, não temos RGA, o que mais o governo quer? Daqui a pouco vai falar que não vai ter mais o salário, só [falta] isso”, completou. Segundo Edmundo, o Fórum Sindical vai enviar um ofício ao governo nesta quinta-feira (29) cobrando uma posição a respeito também da recomposição geral anual.
Apesar das diversas reclamações, o coordenador afirma que a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) dificulta a realização de greves e manifestações. No entanto, o Fórum tem trabalhador para tentar alcançar seus objetivos. “Queria que a sociedade entendesse que o governo trancou as portas para o representante dos servidores. A gente conseguiu uma reunião e promessa, o governo não quer falar com o principal interessado que é o servidor. Ninguém quer falar com o servidor (…). Nós estamos sendo massacrados mesmo nesse governo do Mauro Mendes. Parece que ele vem com sangue nos olhos e inverteu tudo que prometeu na campanha política”, lamentou.