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Crise ambiental: reduzir áreas protegidas foi promessa de campanha de Bolsonaro

Queimadas na Serra da Amolar (Pantanal de Corumbá)

Sílvio de Andrade

Enquanto o Brasil sofre com queimadas no Pantanal e avanço do desmatamento na Amazônia, o governo promove alterações legais que retiram exigências de proteção ambiental. O apagão ambiental que coloca o Brasil nas manchetes de todo o mundo é, na verdade, fruto de políticas que foram prometidas por Jair Bolsonaro ainda durante a campanha de 2018.

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Há dois anos, em uma agenda de campanha em Rondônia, o então candidato criticou o número de áreas florestais protegidas no país.

“O Brasil não suporta ter mais de 50% do território demarcado como terras indígenas, como áreas de proteção ambiental, como parques nacionais. Atrapalha o desenvolvimento. Outros países conseguem preservar o meio ambiente com menos áreas protegidas. Não podemos continuar admitindo fiscalização xiita por parte do ICMBio e Ibama prejudicando quem quer produzir”, disse.

Outras promessas de Bolsonaro durante a campanha foram o fim do Ministério do Meio Ambiente, a retirada do Brasil do Acordo de Paris (que prevê redução das emissões de dióxido de carbono) e a facilitação para a entrada de mais agrotóxicos no Brasil.

O discurso de campanha de Bolsonaro também passava por constantes ataques aos órgãos responsáveis pela fiscalização ambiental no país.

“Nós vamos colocar alguém nesse superministério [que viria da fusão da Agricultura e do Meio Ambiente] que não tenha qualquer vínculo com ONGs internacionais e o cidadão vai ser tratado com respeito e consideração. Aqui em Rondônia são 53 unidades de conservação e 25 terras indígenas. É um absurdo o que se faz no Brasil, usando o nome ambiental. Nós temos uma área maior que a região sudeste demarcada como terra indígena e isso tem inibido aqueles que querem investir no agronegócio e até mesmo na agricultura familiar”.

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