O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal do Estado de Mato Grosso (Sindijufe-MT) aderiu à grande mobilização de16 de março, Dia Nacional de Greve pelo reajuste emergencial de 19,99% e em defesa e valorização dos serviços públicos. A adesão foi aprovada por unanimidade no final da tarde de hoje (10), em Assembleia Geral Extraordinária e Virtual, realizada pelo Sindicato.
Com os salários defasados, a única opção dos Servidores do Judiciário Federal é buscar uma recomposição emergencial. O valor real dos salários no Judiciário Federal é o menor dos últimos anos, tendo diminuído cerca de 20% no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2021, e com as previsões de inflação as perdas acumuladas podem chegar a 40% até o final deste ano.
No dia 16 de março os Servidores darão um ultimato ao governo, que até o momento vem sinalizando a possibilidade de reposição salarial para poucas carreiras, e os Servidores do Judiciário Federal não estão entre elas.
Enquanto tenta negociar a reposição salarial, a Categoria já tem indicativo de Greve Geral por Tempo Indeterminado, marcado para 23 de março, conforme o calendário da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe).
O coordenador-geral, Walderson de Oliveira, e a diretora Júlia Vine, representarão o Sindijufe-MT em Brasília no dia 16/03. A diretora Sindicato, Juscileide Rondon, também participará do ato representando o Sindijufe e a Fenajufe.
A recomposição salarial será a principal bandeira de luta do SINDIJUFE-MT em 2022, sem perder de vista a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32/2020, da reforma administrativa, em que os servidores públicos lutam contra a tentativa de destruição dos serviços públicos.
Prevista para ser votada em 2021, a PEC 32 nem chegou a ser pautada graças à mobilização dos trabalhadores de todo o País, mas a matéria pode ser resgatada para votação neste ano, e as lideranças dos servidores públicos monitoram as movimentações na Câmara Federal.
Luiz Perlato/SINDIJUFE-MT