Alta da Selic, a terceira consecutiva, foi de 0,75 ponto percentual; com a pressão inflacionária, o juro básico voltou ao patamar de fevereiro de 2020, antes da pandemia.
Foto: Leonardo Sá/Agência Senado
- Em meio à pressão inflacionária no Brasil, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu nesta quarta, 16, elevar a Selic —a taxa básica de juros— em 0,75 ponto percentual, de 3,50% para 4,25% ao ano.
É o terceiro aumento consecutivo dos juros básicos. Com isso, a Selic voltou ao patamar de fevereiro de 2020, antes da pandemia da Covid.
De agosto do ano passado a março deste ano, o BC manteve o juro em sua taxa mínima histórica, de 2% ao ano. Desde março, porém, o Copom voltou a elevá-la, em uma tentativa de controlar a inflação no Brasil.
O Antagonista
A nova alta da Selic já era esperada pelo mercado e havia sido sinalizada pelo próprio Copom em sua última ata. Este é o terceiro aumento consecutivo da Selic.
Em março, a taxa passou de 2% (menor índice da série histórica, que se manteve por sete meses) para 2,75%. E, em maio, subiu para 3,5%. Com o novo percentual, a Selic volta ao patamar de março de 2020, período em que a pandemia chegou ao Brasil.
No comunicado feito após a reunião, o Banco Central apontou otimismo sobre uma possível recuperação econômica pós-pandemia. ”
Estímulos fiscais e monetários em alguns países desenvolvidos promovem uma recuperação robusta da atividade econômica. Devido à presença de ociosidade, a comunicação dos principais bancos centrais sugere que os estímulos monetários terão longa duração”, indicou o BC. O mesmo valeria para o Brasil: “apesar da intensidade da segunda onda da pandemia, os indicadores recentes continuam mostrando evolução mais positiva do que o esperado, implicando revisões relevantes nas projeções de crescimento.”
No entanto, todos os indicadores de inflação estão acima do esperado pela instituição. “A persistência da pressão inflacionária revela-se maior que o esperado, sobretudo entre os bens industriais”.
Congresso em Foco