Nesta quinta-feira (12) haverá Assembleia Geral Extraordinária do SINDIJUFE-MTpara discussão e deliberação sobre a possibilidade de adesão de Mato Grosso à Greve Nacional de 18 de agosto contra a reforma administrativa (PEC 32/2020). A Assembleia acontecerá às 15h, por videoconferência, através do aplicativo winker, e o link de acesso será “https://meet.google.com/osz-upmb-vaq”.
A greve foi decidida no fim de julho em plenárias do Encontro Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Setor Público. No encontro, as categorias também definiram um calendário que inclui mobilizações em cada região para angariar apoio de vereadores e deputados estaduais. O movimento tem ainda campanha nas mídias sociais e em programas de rádio e TV.
Pelas previsões dos organizadores, a paralisação no dia 18 de agosto terá forte adesão. Além do apoio das forças de segurança, como das entidades que integram a União dos Policias do Brasil (UPB), trabalhadores do setor privado deverão reforçar a mobilização, de acordo com indicativo das centrais sindicais.
A Fenajufe, que integra o grupo da organização do movimento, conclamou a participação dos Servidores do Judiciário Federal nos estados, incluindo Mato Grosso, tendo à frente o SINDIJUFE-MT.
Mesmo reconhecendo as dificuldades de se promover uma Greve num período em que os Servidores estão trabalhando remotamente, seja ela uma paralisação de 24 horas ou greve por maior tempo, os diretores do SINDIJUFE-MT Rodrigo de Freitas e Júlia Viñe avaliam que é preciso mobilizar a Categoria, principalmente no âmbito do TRE, pois a Justiça Eleitoral tem sido alvo de constantes ataques.
“O cenário atual está bem complicado”, disse Rodrigo, pontuando que o Sindicato deveria realizar uma assembleia para discutir a Greve de 18 de agosto, e as considerações de Júlia foram nesta mesma direção. Ela lembrou que a reforma administrativa poderá ser votada já neste mês. “Eles odeiam o serviço público”, observou.
Segundo a diretora Juscileide Rondon, que também é coordenadora da Fenajufe, a orientação geral é que a Categoria em todos os estados devem aderir, porque uma possível aprovação da reforma afetará todos os trabalhadores, especialmente os Servidores Públicos. A reforma administrativa modifica as regras do serviço público do país: extingue a estabilidade de futuros Servidores, amplia a contratação de comissionados, reduz concursos públicos e também acaba com garantias como adicionais por tempo de serviço e promoções automáticas.
A PEC 32 está tramitando na comissão especial da Câmara. O relator, Arthur Maia (DEM-BA), e o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), acreditam que, diante do ritmo dos trabalhos do colegiado, há como a proposta ser votada já no fim deste mês pelo plenário.
A esperança é que a previsão de o texto ser votado este mês não se confirme, uma vez que a Frente Parlamentar em Defesa do Serviço Público oficializou pedido ao presidente da comissão, Fernando Monteiro (PP-PE), para a realização de mais audiências. A frente quer a discussão de, pelo menos, mais sete temas considerados fundamentais e “que ainda não foram contemplados nos debates sobre a reforma”.
Luiz Perlato/SINDIJUFE-MT